Secas,
inundações, conflitos, perdas econômicas cada vez mais profundas. Este é o
cenário que aguarda o planeta caso não se reduzam as emissões de dióxido de
carbono (CO2), advertem cientistas da ONU em seu próximo relatório sobre o
aquecimento global.
Algumas
das consequências podem ser:
· INUNDAÇÕES: As emissões crescentes de gases de
efeito estufa aumentarão "significativamente" o risco de inundações,
às quais Europa e Ásia estarão particularmente expostas. Se confirmado o
aumento extremo de temperaturas, três vezes mais pessoas ficarão expostas a
inundações devastadoras.
· SECA: a cada 1º adicional na temperatura,
outros 7% da população mundial terão reduzidas em um quinto as fontes de água
renováveis.
·
AUMENTO DO NÍVEL DOS MARES: Se nada for feito,
em 2100 "centenas de milhões" de habitantes das regiões costeiras
serão levados a se deslocar. Os pequenos países insulares do leste, sudeste e
sul da Ásia verão suas terras reduzidas.
· FOME: os cultivos de trigo, arroz e milho
perderão em média 2% por década, enquanto a demanda de cultivos aumentará 14%
em 2050, devido ao aumento da população mundial. Os mais prejudicados serão os
países tropicais mais pobres.
· DESAPARECIMENTO DAS ESPÉCIES: "Grande
parte" das espécies terrestres e de água doce correrá risco de extinção,
pois as mudanças climáticas destruirão seu hábitat.
"As mudanças climáticas no
século XXI empurrarão os Estados a novos desafios e determinarão de forma
crescente as políticas de segurança nacional", adverte o esboço de resumo.¹
Modelos climáticos referenciados pelo
IPCC projetam que as temperaturas globais de superfície provavelmente
aumentarão no intervalo entre 1,1 e 6,4 °C entre 1990 e 2100. A variação dos
valores baseia-se na utilização de diferentes cenários sobre as futuras
emissões de gases de estufa e resultados de modelos com diferenças na
sensibilidade climática. Apesar de que a maioria dos estudos tem seu foco no
período até ao ano 2100, espera-se que o aquecimento e o aumento no nível do
mar continuem por mais de um milénio, mesmo que os níveis de gases estufa se
estabilizem. Este facto é sustentado pela grande capacidade calorífica dos oceanos.
Um
aumento nas temperaturas globais pode, em contrapartida, causar outras
alterações, incluindo o aumento no nível das águas do mar e em padrões de
precipitação resultando em enchentes e secas. Podem também haver alterações nas
frequências e intensidades de situações de temperaturas extremas, apesar de ser
difícil de relacionar acontecim entos específicos ao aquecimento global. Outras
consequências do aquecimento global podem ser a diminuição da disponibilidade
de terrenos agrícolas, o recuo glacial, caudais dos rios muito baixos durante o
verão, extinção de muitas espécies e aumento do número de doenças.
Existe
alguma incerteza, dentro da comunidade científica sobre o grau exacto das
alterações climáticas previstas para o futuro, e como essas alterações irão
variar de região para região em todo o globo terrestre. Existe um debate
político e público para se decidir que acção se deve tomar para reduzir ou
reverter aquecimento futuro ou para adaptar às suas consequências esperadas. A maioria
dos governos nacionais assinou e ratificou o Protocolo de Quioto, que visa o
combate à emissão de gases estufa.¹
De
qualquer maneira, devemos nos concentrar em poluir menos e conscientizar as
gerações futuras para que nossas ações não se repitam.